quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

Sonho do Quarto-Cozinha


Sonhei que eu tinha comprado uma casinha de quarto-cozinha numa pequena vila. 
  
Era pequena e humilde, mas por ser minha tinha um sentimento especial. 

Não havia garagem nem jardim, a porta para a rua dava na vila. Ao entrar na casa, você estava na cozinha, provavelmente o maior cômodo da casa, com uma mesa, uma pia, um fogão e uma geladeira. 

Do lado direito da cozinha havia o banheiro, que era muito parecido com o banheiro do escritório, porém um pouco mais comprido pois também serviria de lavanderia. 

Por algum motivo eu não tinha enxergado o quarto ainda nesse ponto do sonho e estava imaginando onde iria dormir. A minha primeira ideia - completamente sensata no plano onírico - era de montar uma cama tipo beliche por cima do fogão. 

Além disso eu tinha poderes paranormais pique Jean Grey, que seriam muito úteis dali em diante. 

A minha porta não trancava muito bem, ou talvez eu não tivesse o hábito de fechá-la, o fato é que toda hora aparecia uma pessoa ou grupo de pessoas invadindo a minha casa. Toda hora. 

Algumas pessoas eu conhecia, outras não. 

O primeiro grupo de pessoas que apareceu era composto por senhoras de idade, religiosas - de diferentes religiões, mas aparentemente isso não importava entre o grupo delas - e entraram querendo benzer a casa, fazer orações, estabelecer a harmonia das cores e aplicar o feng shui e coisas do tipo. 
Empurrei elas para fora, porque elas aparentemente não aceitaram a minha recusa como resposta.

O segundo grupo era uma gangue. Eles queriam tomar a casa de mim e não pareciam estar medindo esforços para isso: vieram armados com facas e porretes e em número, foi nesse momento que os poderes vieram bem a calhar: eu conseguia não só conter os brigões como eu podia apagá-los sufocando-os e até cortar a carne deles com uma espécie de lâmina imaginária. Todos derrubados, coloquei eles para fora. Me deixem em paz. 

O terceiro não foi um grupo, mas sim uma pessoa só: Esse parecia ter poderes também, era de certa forma mais furtivo, como se fosse meio fantasma. Esse provavelmente sabia que não conseguiria me vencer na força bruta então ele trouxe produtos químicos que me fariam muito mal. Felizmente os poderes psíquicos podiam ser expandidos e a furtividade dele não serviu muito para além de conseguir entrar na casa; eu consegui também conter os pós que ele tentou derramar pela casa e os coloquei para fora junto com ele. A essa altura eu já estava ficando estressado. 

A quarta vez, finalmente, foi uma surpresa boa: a Lety, minha namorada. Ela tinha vindo conhecer a minha nova casa, e foi até o meu quarto, que ficava atrás da cozinha (só aí eu descobri que a casa tinha quarto), era menor que a cozinha e tinha só uma cama de casal e uma cômoda que eu pensei que poderia ter uma televisão. Ela se deitou na cama e alguém bateu à porta

A quinta pessoa que apareceu era a antiga dona da casa, uma garota jovem e muito tatuada, que era a antiga dona da casa. Ela veio reclamar que queria a casa de volta, pois onde ela estava morando agora era muito longe do trabalho e ela estava gastando muito com transporte e me mostrou as contas delas no celular e falou e falou e falou. 

Eu acordei por aqui mas imagino que se tivesse mais tempo talvez fosse visitado por mais gente maluca. 

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